A visibilidade da rede é de suma importância. Porém, não basta saber apenas o volume de dados trafegados na infraestrutura. Diante desse cenário, o uso do perfil de tráfego leva o monitoramento para um próximo nível. Ao invés de visualizar, por exemplo, apenas o tráfego de origem e destino de uma sub-rede em particular, o administrador agora pode analisar quais aplicações dividem o tráfego dessa sub-rede. Dessa forma, visualizando, por exemplo, quanto é o consumo de cada aplicação dentro de uma sub-rede em específico.

Perfil de tráfego é uma forma de análise estratificada dos dados da sua rede, capaz de gerar estatísticas detalhadas. Primordialmente, promove a capacidade de relacionar a análise de um objeto a outros do sistema. Objetos esses como: sub-redes, aplicações, protocolos, interfaces, sistemas autônomos ou tipo de serviço (ToS). 

No exemplo acima foi abordado uma análise do tráfego de uma sub-rede por aplicações. Entretanto, existem diversos outros exemplos que podem ser aplicados. Assim, durante o artigo serão demonstrados alguns cenários utilizando o TRAFip para melhor ilustrar as funcionalidades do perfil de tráfego.

TIPOS DE ANÁLISE DO PERFIL DE TRÁFEGO

O TRAFip apresenta três formas de análise: conteúdo, distribuição ou matriz. Porém, qual escolher? Para qual tipo de cenário cada um se aplica?

O segredo está no sentido (origem-destino) que a análise será feita. Veja abaixo.

O caminho para acessar a configuração no TRAFip é: Configuração > Perfis de Tráfego.

PERFIL DE TRÁFEGO EM CONTEÚDO

O perfil em conteúdo é utilizado quando não importa o sentido. Ou seja, deseja-se apenas estratificar o tráfego por objetos referente a conteúdo e não por objetos de origem ou destino. Aliás, conteúdo esse que podem ser aplicações, protocolos ou ToS. 

Abaixo segue a demonstração de um perfil em conteúdo: sub-rede x aplicações

Será feita a criação de um perfil do tipo aplicação com o nome Applications. Posteriormente, em curvas do gráfico serão selecionadas as aplicações. Portanto, essas aplicações farão parte do perfil. Por fim, serão escolhidas as sub-redes onde o perfil será aplicado.

Para selecionar as aplicações, basta movê-las para o campo de selecionados. Ainda é possível editar as cores de cada curva no gráfico.

Configuração do tipo, nome do perfil e curvas do gráfico.
Configuração do tipo, nome do perfil e curvas do gráfico.

Nota-se abaixo que só há a opção do perfil em conteúdo. Contudo, isso acontece devido ao tipo escolhido ser aplicação. Portanto, como já citado, o perfil do tipo aplicação só se aplica a esse tipo de análise. Para adição dos objetos, basta movê-los para o campo de selecionados.

Adição das sub-rede onde o perfil será aplicado
Adição das sub-rede onde o perfil será aplicado

Abaixo tem-se o gráfico da sub-rede Atenas com o perfil aplicado. Nota-se agora a capacidade de estratificar o gráfico da sub-rede de acordo com as aplicações.

Gráfico o tráfego de origem da sub-rede Atenas com o perfil Applications
Gráfico o tráfego de origem da sub-rede Atenas com o perfil Applications

PERFIL DE TRÁFEGO EM DISTRIBUIÇÃO

O perfil em distribuição será aplicado quando o tráfego e os objetos analisados estão no mesmo sentido. Para melhor compreensão entende-se que todos os objetos envolvidos no perfil estão num mesmo grupo. Ou seja, ou estão todos na origem, ou no destino.

Abaixo segue a demonstração de um de perfil em distribuição: grupo de sub-rede x sub-redes

Será feita a criação de um perfil do tipo subrede com o nome Voip. Posteriormente em curvas do gráfico serão selecionadas as sub-redes. Portanto, sub-redes essas que farão parte do perfil. Por fim, será escolhido o grupo de sub-rede onde o perfil será aplicado.

Da mesma forma, para selecionar as sub-redes, basta movê-las para o campo de selecionados.

Configuração do tipo, nome do perfil e curvas do gráfico.
Configuração do tipo, nome do perfil e curvas do gráfico.

Nota-se abaixo que há opções do perfil em matriz ou distribuição. Contudo, isso acontece devido ao tipo escolhido ser sub-rede, que suporta os dois tipos de análise. Os objetos e o tráfego analisados estão no mesmo sentido. Logo, a análise será em distribuição. Para adição dos objetos, basta movê-los para o campo de selecionados.

Adição do grupo de sub-rede onde o perfil será aplicado
Adição do grupo de sub-rede onde o perfil será aplicado

Abaixo tem-se o gráfico do grupo de sub-redes VoIP com o perfil aplicado. Nota-se agora a capacidade de estratificar o tráfego do grupo VoIP de acordo com cada sub-rede que faz parte do mesmo.

Gráfico o tráfego de origem do grupo de sub-redes VoIP com o perfil Voip
Gráfico o tráfego de origem do grupo de sub-redes VoIP com o perfil Voip

Todas as sub-redes analisadas no gráfico fazem parte do grupo VoIP. Assim, quando o TRAFip analisar o tráfego de origem do grupo conseguirá identificar o IP de origem de cada sub-rede ao qual pertence aquele tráfego. 

Percebeu? 

Tráfego de origem, IP de origem, logo perfil em distribuição.

O mesmo vale para o tráfego de destino onde será analisado o IP de destino.

PERFIL DE TRÁFEGO EM MATRIZ

O perfil em matriz será aplicado quando o tráfego e os objetos analisados estão em sentidos opostos. Para melhor compreensão entende-se que todos os objetos envolvidos no perfil estão em grupos diferentes. Ou seja, um na origem e outro no destino.

Abaixo segue a demonstração de um de perfil em matriz: sub-rede x sub-redes

Será feita a criação de um perfil do tipo subrede com o nome Locations. Posteriormente, em curvas do gráfico serão selecionadas as sub-redes. Portanto, sub-redes essas que farão parte do perfil. Por fim, será escolhido a sub-rede onde o perfil será aplicado.

Para selecionar as sub-redes, basta movê-las para campo de selecionados. Ainda é possível editar as cores de cada curva no gráfico.

Configuração do tipo, nome do perfil e curvas do gráfico.
Configuração do tipo, nome do perfil e curvas do gráfico.

Nota-se abaixo que há opções do perfil em matriz ou distribuição. Contudo, isso acontece devido ao tipo escolhido ser sub-rede, que suporta os dois tipos de análise. Os objetos e o tráfego analisados estão em sentidos opostos. Logo, a análise será em matriz. Para adição dos objetos, basta movê-los para o campo de selecionados.

Adição das sub-rede onde o perfil será aplicado
Adição das sub-rede onde o perfil será aplicado

Abaixo tem-se o gráfico da sub-rede LA-Datacenter com o perfil aplicado. Nota-se agora a capacidade de estratificar o tráfego de LA-Datacenter de acordo com cada sub-rede que faz acesso a ele.

Gráfico do tráfego de destino da sub-rede LA-Datacenter com o perfil Locations
Gráfico do tráfego de destino da sub-rede LA-Datacenter com o perfil Locations

Todas as sub-redes analisadas no perfil estão gerando tráfego para a sub-rede LA-Datacenter. Assim, quando o TRAFip analisar o tráfego de destino para LA-Datacenter conseguirá identificar o IP de origem de cada sub-rede ao qual pertence aquele tráfego. 

Percebeu? 

Tráfego de destino, IP de origem, logo perfil em matriz.

O mesmo vale para o tráfego de origem onde será analisado o IP de destino.

CONSIDERAÇÕES FINAIS 

Em suma, com a configuração correta, o administrador será capaz de realizar uma profunda análise do comportamento da rede. O TRAFip é um sistema de análise de tráfego que permite determinar o quê, como, quando, onde e por quem sua rede está sendo utilizada.

Neste sentido, não há dúvidas da importância do investimento no gerenciamento da rede. Dessa forma, trazendo não apenas benefícios para visibilidade da rede, mas também sendo uma forma de garantir maior nível de governança.

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